Sobre os tipos de xampu – Parte II

Este post é uma continuação desse: Sobre os tipos de xampu – Parte I. Não recomendo a leitura deste post sem antes dar uma olhada no anterior.

Na primeira parte, eu mostrei o que seria a teoria dos “Tipos de Xampu” segundo a qual dá para saber muita coisa do xampu apenas analisando sua aparência: se é transparente, perolado/translúcido ou cremoso. Mostrei o que seria ela, no que ela se baseia e expliquei tecnicamente porque ela é falha. Para este post, deixei reservada a explicação do porquê de, apesar das falhas, ela funcionar tão bem para certas pessoas e darei alguns exemplos que fogem ao que ela estipula.

O EFEITO HALO 

As pessoas nem sempre têm idéia de quanto podem ser influenciadas a erros de julgamento por coisas que elas nem imaginam, muitas vezes sem que tenham correlação nenhuma com o que está sendo avaliado. Vejamos alguns casos:

1) Em um teste de produto, uma mesma batelada de xampu foi divida em duas partes, uma recebeu uma fragrância boa e outra uma não muito agradável. Foi solicitado a diversas pessoas que comparassem os dois produtos, sem a informação de que a única diferença era a fragrância (e esta não possui capacidade para alterar o desempenho). O resultado foi que, apesar de testarem 2 produtos iguais, as pessoas realmente acreditavam que eram produtos distintos e encontravam diferenças como formação de espuma e resultado do cabelo após o uso. A vantagem era, invariavelmente, do produto cujo cheiro elas tinha gostado mais. (Fonte: Chemists Corner)

2) Nos anos 80, bons condicionadores transparentes foram colocados à venda, mas como as pessoas relacionavam transparência com limpeza e não aceitavam um condicionador transparente, foram fracassos de venda e, devido a essas más experiências, praticamente não se encontram produtos com essa aparência. (Fonte: The Beauty Brains)

Esses casos são exemplos do que se chama de efeito halo. O efeito Halo é um fenômeno psicológico no qual as pessoas são inconscientemente levadas a erros de julgamento sobre determinadas coisas baseando-se em fatores não relacionados. Seria como se uma primeira impressão positiva ou negativa acabasse por contaminar toda a avaliação da pessoa sem que a pessoa nem se dê conta disso. Um post interessante sobre o fenômeno pode ser lido aqui, repare que as pessoas submetidas à avaliação sempre negavam veementemente que estivessem sujeitas a tal efeito mesmo que os resultados da pesquisa apontassem claramente que sim.

No Chemists Corner, de onde eu tirei o caso 1, há um texto interessante sobre esse efeito aplicado à formulação de cosméticos: Cosmetic Formulating Around the Halo Effect. Segundo o autor do texto, ignorar o efeito halo no desenvolvimento de um produto pode fazer com que aquela fórmula melhorada que no laboratório demonstrou tanta superioridade em relação a uma fórmula anterior acabe sendo mal avaliada pelo consumidor. Dessa forma, sim, todo bom formulador de cosméticos que deseje o sucesso de seu produto deve também se preocupar em fazer com que o produto tenha certas características as quais, apesar de não afetarem o desempenho do produto, influenciem positivamente a percepção do consumidor sobre o produto. Além da questão do perfume, outros exemplos aplicáveis a cosméticos incluem a cor, qualidade da embalagem, alguma história sobre a formulação que conquiste a simpatia das pessoas e o assunto mencionado neste post, que é a questão do grau de transparência da formulação.

Outro post interessante a respeito do efeito halo em cosméticos foi feito pela Colin’s Beauty Pages (blog de outro formulador de cosméticos)The Halo Effect. No post, ele menciona a questão da inserção de ingredientes naturais sem funcionalidade (seja porque não tem mesmo função, seja porque não está em quantidade suficiente) apenas para alterar a percepção do consumidor de estar consumindo um produto melhor e dá um exemplo de como nem mesmo as pessoas que trabalham na área estão imunes ao efeito halo.

Eu adicionaria também como efeito halo a questão da consistência. Quantas vezes você não leu em algum blog que a máscara tal é muito boa porque é super espessa, do tipo que se virar o pote ela não cai? Vendedores de lojas de cosméticos adoram usar esse argumento da máscara que não escorre. Dizem que é porque “ela é mais concentrada” e não estão errados. Porém, o que elas têm é maior concentração de ingredientes espessantes (podem ter ou não alguma função além da estética), o que não implica necessariamente em ingredientes ativos que vão fazer algo de bom para seu cabelo. 

Assim como os consumidores têm a expectativa de que o xampu caro tem que funcionar melhor que um baratinho e  que um condicionador transparente deve ter desempenho inferior a um cremoso, eles também acham que um xampu que limpe bem, adequado a cabelos oleosos, tem que ser transparente. E o cliente sempre tem razão, não é assim que se diz? Para atender à essa expectativa, os formuladores costumam fazer com que xampus para cabelos oleosos e de limpeza profunda tenham essa aparência, mas isso não que dizer que o xampu que limpe bem tenha que ser assim. O mesmo vale para xampus condicionantes, que devem ser espessos e cremosos  para atender à expectativa do consumidor.

EXEMPLOS QUE FOGEM À REGRA DOS TIPOS DE XAMPU

Do ponto de vista técnico, nada impede que um xampu cremoso limpe muito bem e que um transparente não resseque e seja altamente hidratante. Aliás, já vi várias vezes em blogs comentários como “apesar dele ser cremoso, achei que limpou bem e não pesou no meu cabelo” ou o contrário “Esse xampu detonou meu cabelo, deixou muito ressecado” (em resenhas de xampus cremosos/perolados).

Dessa forma, eu não acho válido alguém de cabelo oleoso rejeitar um xampu que está escrito que é para seu tipo de cabelo só porque ele é perolado, translúcido ou cremoso. O mesmo vale para quem tem cabelo ressecado, não despreze um transparente só por ele ser assim, ele pode ser muito suave e tratar seu cabelo melhor que muitos cremosos. Vamos aos exemplos: Xampu perolado que limpa bem.

O melhor xampu que eu testei em meu cabelo oleoso foi um que não vende mais da New Care (Balancetherapy, para cabelos mistos). Não era transparente, era perolado. O resultado era milagroso, me fazia ficar sem lavar a cabeça por dois dias dignamente e não ressecava nada o cabelo, foi realmente uma pena ele ter saído de linha.

Um dos xampus mais potentes que eu já testei com relação à remover a oleosidade foi o Asience Nature Smooth (para cabelos oleosos), que, vejam só, também não é transparente:

Shampoo Asience Nature Smooth (Fonte: Sugar Coated Muffin)

O Pedro do East to West Skincare já comentou que o Elseve Homem encaixa-se bem como outro exemplo de perolado que retira muito bem a oleosidade, a resenha dele pode ser lida aqui. Pelo desempenho do produto, ele o recomenda para quem tem ” cabelo oleoso, liso e fino e busca volume”.O Kerastase Bain Divalent é outro. Olhando as resenhas sobre ele, encontram-se basicamente duas categorias: a das pessoas de cabelo realmente oleoso ou finos que amaram ele porque dizem que limpa super bem e a longo prazo controla a oleosidade e as que odiaram e reclamaram que ressecou demais com o uso contínuo, geralmente, pessoas que só tinham a raiz oleosa (sendo chata, mas tem muita blogueira que faz drama dizendo que tem cabelo super oleoso mas usam uns xampus que quem tem cabelo oleoso mesmo nunca usaria).

Kerastase Bain Divalent (Fonte: Several Circles)

Anti-resíduos perolado

Temos também o caso do anti-resíduos da Mahogany, o qual possui uma aparência perolada e nem por isso deixa de desempenhar bem sua função de limpeza profunda. No geral, as resenhas são positivas e ressaltam o fato dele limpar muito bem resíduos deixados por produtos capilares sem ser apenas um xampu anti-oleosidade como a maioria dos xampus que se dizem anti-resíduos encontrados por aí. Coloco a foto da versão antiga dele porque a embalagem era transparente e essa cor que se vê é do xampu mesmo, mas pelo que li, a versão atual também segue o mesmo esquema perolado (mas eu não sei se a embalagem é transparente).

Xampu antirresíduos Mahogany

Versão antiga (esquerda) e nova (direita).

Xampu transparente hidratante/emoliente

Na época do lançamento da Tresemmé no Brasil, houve todo um bafafá sobre a fórmula do xampu hidratante lançada no Brasil. As pessoas que reclamavam diziam que a Unilever havia lançado um produto inferior no mercado nacional, alegavam que o xampu hidratante vendido no Brasil ressecava e era muito diferente da versão vendida lá fora, bem mais hidratante. Um dos posts famosos na época era este, que mostrava a diferença entre as duas versões. Segue a foto com a comparação feita pelo blog mencionado:

1- Versão nacional, 2 -Versão estrangeira. (Fonte: De Marcela para Ana )

Repare que interessante: as pessoas estavam reclamando que o xampu hidratante brasileiro, cremoso, era muito detergente e  ressecava enquanto o importado, transparente, era tão hidratante que “quase dispensava condicionador” (palavras da pessoa que reclamou). Esse exemplo contraria claramente a tal regra do “avalie o xampu por seu aspecto”.

Outro exemplo de transparente que definitivamente não é de limpeza é o Elseve Liss Intense da L’Oreal. Comprei ele na época do lançamento há muitos anos, quando ainda não tinha noção de como todos os xampus para cabelos lisos na verdade eram para quem não tinha cabelos tão lisos mas queriam esse efeito. Não sei se houve alteração significativa na fórmula ou só na embalagem, mas nunca me esquecerei do quanto aquele xampu transparente era inadequado para mim, deixando meu cabelo oleoso pesado e escorrido, às  vezes até cogitava não usar condicionador. Na foto abaixo utilizei a foto da versão antiga porque a embalagem era transparente e dava para ver que o xampu também era transparente.Temos também o primo rico do Liss-Intense, o Kerastase Oleo-Relax, indicado para cabelos secos, rebeldes e com frizz. É meio óbvio que um xampu que tem óleo no nome não é adequado para limpeza profunda e deve ser bem emoliente.

Dois xampus transparentes bem emolientes e adequados a cabelos ressecados.

Acabei de ver no mercado uma nova linha da Garnier Fructis chamada Óleo Reparação (pelo que vi, a linha não é exatamente nova mas parece ter sofrido reformulação recente). O xampu é transparente e indicado para cabelos danificados e ressecados, certamente se encontra na categoria dos xampus condicionantes.

Xampu transparente indicado para cabelos tingidos

Quem acha que xampu transparente vai levar embora sua tintura pode perder a oportunidade de testar o Kerastase Bain Chroma Riche. Com aparência transparente levemente rosada, ele é um xampu de formulação suave destinado a cabelos descoloridos ou sensibilizados pela coloração. Limpa, protege a coloração e trata o ressecamento. Pelo que eu pesquisei, costuma ser muito bem elogiado nas resenhas.

Kerastase Bain Chroma Riche

Kerastase Bain Chroma Riche

Anticaspa não precisa ser leitoso

Cada tratamento requer ingredientes distintos, que podem influenciar no aspecto de modo distinto. Mesmo para um tipo de tratamento, como anticaspa, existem diversos ingredientes ativos que podem ser utilizados e, dependendo da escolha, não necessariamente ele precisa ter aquele fundo branco opaco. Geralmente esses xampus anticaspas de mercado (Head & Shoulders e Clear, por exemplo) costumam ter a aparência cremosa-opaca porque um dos ingredientes ativos mais utilizados comercialmente, o piritionato de zinco (“zinc pyrithione“) é um pó cristalino pouco solúvel em água e o que geralmente se tem é uma dispersão (partículas solidas em meio líquido). Mesmo assim, é interessante comentar também que é possível trabalhar a fórmula de modo a aumentar a solubilidade deste ingrediente e se obter uma solução transparente, este artigo mostra como obter formulações transparentes com o piritionato de zinco.(Ok, toda esta explicação devia ter ido para a parte I mas eu me esqueci…)

Como exemplo de perolado/translúcido temos o Kerium Shampoo Creme Microesfoliante (ver foto abaixo) ou transparente, como o Kerium Anticaspa Shampoo-gel Microesfoliante (não achei foto, mas as resenhas e o site o descrevem como transparente). Me parece que o Kerium Shampoo Intensivo Anticaspa também é transparente mas não tenho certeza, alguém confirma?

Kerium Shampoo Creme Microesfoliante (Fonte: Make Up Picnic)

Aliás, quem tiver curiosidade de olhar a fórmula do Kerium Shampoo Creme Microesfoliante encontrará  lá o glycol distearate, que eu comentei ser o responsável pelo aspecto perolado na grande maioria dos casos. Certamente ele não está lá como ingrediente ativo do tratamento anticaspa.

Dava para pegar mais exemplos em cada categoria, mas acho que ia ficar longo demais o texto e creio que deu para pegar bem o espírito da coisa. E achei interessante como vários xampus da Kerastase fazem questão de ignorar a teoria dos tipos de xampu. Imagino que a marca prestígio, o preço elevado, as embalagens lindas e perfumes sofisticados sejam fatores suficientes para que o formulador se sinta livre para fazer um produto com a cara que quiser, sem se importar muito se vai coincidir ou não com o que o consumidor está acostumado. Afinal, o consumidor confia que quem formulou um Kerastase sabia bem o que estava fazendo.

CONCLUSÃO: 

No caso dos tipos de xampus, a partir da observação, foi criada a hipótese de que a aparência do produto permitiriam deduzir certas informações sobre a atuação dele. No caso, a hipótese foi confirmada para vários casos, o que indicava uma forte correlação. Porém, encontrar uma correlação entre duas variáveis (aparência e desempenho) não quer dizer que uma seja causadora da outra.

Neste caso, a teoria não pode ser validada porque suas idéias contradizem fatos científicos conhecidos: a aparência do xampu tem a ver com a escolha dos ingredientes escolhidos terem a propriedade de serem ou não solúveis ou miscíveis em água, e esta propriedade não tem relação direta com o desempenho do xampu.
Há também um caso especial em que, mesmo que seja necessário o uso da emulsão, o produto final ainda pode ser transparente, no caso, quando se trabalha com microemulsão.

A correlação observada existe porque muitos formuladores trabalham a aparência da fórmula de modo a satisfazer o senso comum existente de que xampu transparente atua de modo diferente de um xampu cremoso/perolado. Trabalhando dessa forma, o objetivo é tentar anular qualquer efeito negativo que possa ser decorrente do mencionado efeito halo. Como não é uma correlação causal, diversos casos que fogem à regra podem ser encontrados por aí, como os exemplos mencionados neste post.

Resumindo:

  • Tecnicamente, não há nada que impeça o desenvolvimento de um xampu para cabelos oleosos cremoso e com ótimo desempenho ou um xampu transparente muito hidratante. A aparência perolada do xampu é basicamente uma questão estética.
  • Aparência e textura do xampu não influenciam no desempenho do xampu, não dá para fazer escolhas baseando-se nisso.
  • Muita gente não sente seu cabelo mais limpinho só porque começou a usar um xampu transparente, e sim porque provavelmente passou a usar um xampu com maior poder de limpeza, geralmente um destinado a cabelos oleosos (o que pode explicar porque tanta gente resolveu adotar como “transparente oficial” o Seda Citric Fresh, destinado a cabelos oleosos, e estranhamente ignoraram o Seda Vitalidadade e Equilíbrio, também transparente mas não tão detergente por ser destinado a cabelos mistos).
  • O mesmo vale para o oposto, o cabelo não ficou pesado só porque o produto é cremoso ou perolado, mas porque você está utilizando um xampu com propriedades muito condicionantes ao seu tipo de cabelo.
  • Não julgue o xampu pela aparência, você pode estar deixando de testar um ótimo produto por puro preconceito com a aparência. Ou obter o desempenho oposto ao desejado, no caso do Elseve Liss Intense, totalmente inadequado caso a intenção seja um produto de limpeza.
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Enquanto eu terminava esse post, apareceu um comentário no post anterior dizendo que tinha a expectativa de que eu ensinasse a identificar os xampus sem ser pela aparência. A questão é que, se não é pela aparência, só pode ser pela fórmula. Como devem saber, eu não trabalho na área de formulações cosméticas, o que eu tenho são noções de físico-química e o básico de formulações de xampus que eu consegui pesquisando na internet e em alguns livros específicos sobre processos industriais e formulação de cosméticos.

Eu particularmente não sei identificar xampus pela fórmula e acho que, a não ser que alguém possua um conhecimento mais aprofundado sobre os principais ingredientes utilizados em xampus, fica difícil dar previsão do que esperar de um xampu só olhando a lista de ingredientes. Eu só saberia identificar alguma ação anticaspa (porque os ingredientes ativos são poucos e praticamente decorei a maioria) e se é perolado ou não (o que não me diz muito sobre o desempenho). Talvez consiga uma noção se tem tendência a pesar ou não no meu cabelo e se é do tipo anti-resíduos. Não muito mais do que isso.

Geralmente me baseio no que o fabricante diz, sendo meu cabelo oleoso, vou atrás dos voltados a cabelos oleosos e mistos ou algum que não tenha nenhum dos seguintes dizeres na embalagem: redução de volume, torna o cabelo mais liso, hidratação intensa, nutrição intensa, para cabelos ressecados, formulação rica em óleos. Nem sempre dá certo, mas serve como guia.

Se alguém souber de alguma dica bem fundamentada, compartilhe nos comentários.

Sobre Vanessa

Engenheira química, paulista, 27 anos, apaixonada por cosméticos e maquiagens. Acredita que conhecimento nunca é demais e que as pessoas deveriam ser mais críticas com as informações que recebem.
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23 respostas para Sobre os tipos de xampu – Parte II

  1. Dani disse:

    Uma salva de palmas p/ vc!!!!!!!É uma maravilha ler posts inteligentes e bem fundamentados.Tenho couro cabeludo super oleoso com tendência a caspa e sensível. É um parto achar algum xampu que não irrite ou algum condicionador que não pese nos fios.Estou a usar um xampu da multivegetal para cabelos oleosos que não tem sulfato e tem amenizado o problema.Já usei muito xampu transparente que deixava meu cabelo super oleoso. Mais uma vez, parabéns pelo post!

  2. Vanessa disse:

    Oi Dani, obrigada! :)No seu caso, eu acho que seria interessante tentar encontrar produtos que, além de prometerem controlar a oleosidade, também tenham algum ativo anticaspa. Não são tão comuns mas existem, não levam o rótulo de anticaspa mas dá para identificar dando uma olhadinha na lista de ingredientes.Beijos!

  3. Ma disse:

    Muito bom o post. Muito esclarecedor, não sabia disso.
    Dá vontade de sair colocando o link em todos os blogs sobre cabelo, que sempre vem com esse papo de aparência do shampoo e textura da máscara.

  4. BLOJER disse:

    nossa, se eu tivesse na cabeça esse negócio de aparência de shampoo eu não adoraria o de reparação da loccitane, q eh transparente e super hidratante, tanto q eu uso o cond da mesma linha mais por causa do cheiro do q necessidade…

    e o de karite da mesma marca, eu uso o condicionador como creme de hidratação e funciona super bem =) acho q eh pq, ao contrário da maioria, eu prefiro cremes mais líquidos… cabelo muito fino e creme q não cai do pote não combinam muito…

    aliás, outro q entra no mérito de creme molinho eh o real cream da alfaparf… e eh maravilhoso… eu até fujo de vendedora q põe o coitado do pote de cabeça pra baixo pra mostrar q não cai…

  5. Mah disse:

    Seu blog é muito bom, acho que é um dos mais interessantes em relação a cosméticos no Brasil.
    Em relação a shampoo eu sou dessa de que quem vê cara não vê coração, faz um tempo eu estava usando um shampoo purificante de verbena do boticário, a textura é leitosa, tipo os anti caspas da clear e foi o shampoo que mais deixou o meu cabelo limpo. E agora estou usando um da vizcaya para brilho e maciez e o shampoo é transparente. Parece mágico né? hahahha
    Outro dia vi um post de produto para cabelo de uma blogueira e tem uns trechos que eu não me conformo, a pessoa citou que o shampoo era perolado e para cabelos secos, então nessa ela teve certeza que ia deixar o cabelo brotando óleo. No final ela ainda escreve, que mesmo perolado, o shampoo limpou bem o cabelo.
    Sério, só não mando esse link para a menina ler porque eu pareceria mal educada.

  6. Vanessa disse:

    Oi Ma!
    Confesso que eu às vezes tenho vontade de fazer isso também, mas acho que iam me achar meio mala se eu mesma ficasse fazendo a divulgação, hehe.
    Beijos!

  7. Vanessa disse:

    Oi Mah!
    Fiquei com vontade de testar esse do Boticário desse seu comentário.
    Realmente, vejo vários blogs onde as pessoas comentam exemplos que contradizem essa questão da aparência e mesmo assim insistem em dizer que julgar pela aparência é o certo, não entendo isso.
    Beijos!

  8. Vanessa disse:

    Blojer: A vendedora que põe o pote de cabeça para baixo é um clássico, eu também sempre tento fugir quando vejo uma… O curioso é que ninguém questiona a eficiência daquelas ampolinhas líquidas da Alfaparf que são utilizadas sozinhas e dão resultados ótimos.

  9. Gabe Manzo disse:

    eu leigamaente acreditava nisso da aparência (mesmo sendo super cética na maior parte das vezes…) e só deixei de acreditar quando comprei um shampoo transparente da loccitane que quando eu usei a primeira vez, senti ter lavado o cabelo com óleo, de tão 'hidratado' que ficou =) Bom é manter meu ceticismo pra tudo mesmo!!

  10. gabiarchanjo disse:

    Oi Vanessa, parabéns pelo ótimo blog!!! Sou como vc citou em um dos posts, aquela leitora fantasma que lê vários blogs e raramente comenta, passei uma tarde lendo seus posts e confesso que adorei. Sua abordagem nos incentiva a sermos mais críticas e suas dicas são excelentes, obrigada por compartilhar conosco o que você conhece, adorei a indicação do blog bullshit me divirto muito com os posts.
    Sei que ficou muito grande, mas parabéns pelo excelente trabalho e se de fato eu realmente tirar meu blog do papel vc certamente será um dos exemplos.

    bjm

  11. Vanessa disse:

    Oi Gabe! Para quem não tem muito conhecimento de físico-química a explicação até parece plausível já que funciona tão bem, se eu não tivesse formação específica talvez também acreditasse de tanto que é repetido. O bom é ser cética mesmo.
    Beijos!

  12. Vanessa disse:

    Oi gabiarchanjo, obrigada! Se um dia tirar seu blog do papel, compartilhe-o comigo, terei prazer em conhecê-lo.
    Beijos!

  13. saladamedica disse:

    Saudade dos seus posts!
    (Aproveitando para fazer mais um teste de envio de comentário)
    Beijo,
    Meire

  14. Vanessa disse:

    Opa, funcionou! 🙂
    Espero retomar as atividades do blog o mais breve possível, e também implantar o sistema de comentários. Tentei fazer isso no blog de testes mas acabei me enrolando, vou tentar de novo.
    Beijos!

  15. Adorei o post ,fiquei quase 3 horas lendo e foi muito produtivo à levar para a vida inteira e quebrar tabus não fundáveis.Obrigada!está no meu favorito.:D

  16. Vanessa disse:

    Oi Michele, que bom que gostou do post.:)
    Apesar de longo, os posts que eu mais gosto de fazer são esses mais detalhados e que fazem as pessoas refletirem sobre a informação que aparece por aí.
    Seja bem vinda!
    Beijos!

  17. silvia disse:

    Na prática sempre percebo que shampoos grossos deixam meus cabelos mais pesados, com mais residuos e shampoos ralos são mais faceis de enxaguar, isso idependente da cor deles, um exemplo é o shampo pantene que é tão amado e nos meus cabelos ele deixa um efeito bem pesado e sem brilho, acho que isso se deve pelo fato de ter os fios bem grossos.

  18. Vanessa disse:

    Oi Silvia,

    para mim, todos os xampus Pantenes que experimentei são bem condicionantes. Tenho os fios oleosos e super grossos (típico cabelo oriental), me adaptei aos condicionadores dessa marca mas nunca aos xampus. Até aquele novo (brilho extremo, transparente) que todo mundo anda dizendo que limpa super bem e é adequado a cabelos oleosos achei condicionante demais para meu gosto.

    Beijos!

  19. Renata Rocha disse:

    Vanessa, descobri seu blog através do também ótimo Salada Médica e tenho que confessar que estou devorando todos os posts. Parabéns pelo trabalho, por escrever tão bem e de forma fundamentada! Tenho conhecimentos básicos em química, mas do jeito que você explica e com as fontes que cita consigo compreender do que se trata.

    Beijos,

  20. Oi, Vanessa! Cheguei no seu blog pesquisando sobre essa história de xampu transparente, leitoso e cremoso. Foi a melhor explicação que encontrei, com maior embasamento cientifico. Quero fazer um pedido: escreve um post sobre essa história de silicones solúveis, insolúveis, petrolatum, óleo mineral, vaselina, parafina liquida… Faz bem, faz mal, não faz diferença. É tanta informação que fico tonta e já não sei quais produtos comprar. 😦

  21. Mano disse:

    Super maravilhosa sua matéria, parabéns! Meu cabelo liso natural e é oleoso e sem balanço. Fiz uma progressiva não para alisar (pois já são naturais) mas sim pra adquirir movimento. Qual tipo certo de shampoo usar diante das especificações que te disse?

    • Vanessa disse:

      Oi Mano,
      Eu acredito que o ideal seria fugir dos produtos para cabelos oleosos porque são muito fortes e acabariam removendo o encapamento promovido pelos alisamentos não permanentes. Tem bastante produto no mercado para quem tem cabelo com progressiva, acredito que devam atender às necessidades da maioria das pessoas que passam por este processo. Porém, já experimentei o da minha cunhada nesse tipo e achei que meu cabelo ficou oleoso muito rapidamente após a lavagem, esses xampus costumam ser bem hidratantes, emolientes e trabalham com reconstrução. Se você sentir esse problema da oleosidade, tenta procurar algum para cabelos mistos.
      Beijos

  22. Sara disse:

    Olá Vanessa!
    Aqui em Portugal onde moro nunca tinha ouvido falar dos diferentes tipos de champoos. Acho que muita gente nem liga muito a isso. Mas um dia a pesquisar sobre champoos na internet deparei-me com imensos blogs brasileiros e falavam todos desses champoos transparentes e leitosos e perolados. E achei estranho.
    A primeira coisa foi o transparente que quase todos usavam o da Johnson’s Baby e eu a pensar para mim “É um champoo de bebé. Tem que ser suave. Nunca poderá dar uma limpeza tremenda porque sendo para bebé tem que ser suave”. Achava mesmo estranho. E depois eram todas as outras definições sem sentido, de que os leitosos é que nutiram e os perolados faziam não sei que, e eu a ver no supermercados champoos que faziam as mais variadas coisas com as mais variadas aparências. Fiquei mesmo chocada a pensar que era erro meu e não percebia nada disto.
    E depois encontrei o teu blog. MARAVILHOSO! Tudo explicadinho e com uma base científica optima (o que é sempre importaante também, apoiar as nossas ideias) e simplesmente adorei e percebi que afinal não estava assim tão errada.
    Muitos parabéns pelo blog e continue com o optimo trabalho 😀
    Um beijinho de Portugal *

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